10 de out. de 2012

RE 4


Los Illumninados

Desta vez a história de Resident Evil não está mais diretamente ligada ao incidente em Racoon City ou à Umbrella Corporation — a empresa farmacêutica responsável pelo incidente envolvendo armas biológicas, que faliu devido a uma ordem do governo americano. A trama agora se dá por conta de uma nova ameaça: uma organização desconhecida, da qual participam habitantes de um vilarejo que colocam suas vidas à disposição de Los Illuminados.

O agente norte-americano Leon Kennedy (o mesmo de Resident Evil 2) é o protagonista da trama e tem como objetivo resgatar a filha do presidente, que foi sequestrada por tal organização. Para tanto, ele viaja até um estranho vilarejo situado na Europa, onde encontra — além de muitos inimigos — antigos conhecidos como Ada Wong (também de Resident Evil 2) e Jack Krauser.

Leon conta ainda com a ajuda de Luis Sera, um pesquisador que investiga o caso de Los Illuminados. Ao longo do jogo, Sera ajuda Leon a descobrir como Los Illuminados passaram a controlar as mentes dos habitantes e tomaram conta do vilarejo.

O game, entretanto, está mais focado no combate do que na exploração de ambiente. Não raro o jogador se vê cercado por uma grande quantidade de inimigos em ambientes abertos, o que cria um verdadeiro clima de guerra. Apesar disso, o título não deixa a desejar ao passar ao jogador a emoção que todos os outros jogos da franquia sempre proporcionaram: medo.

Enfrentando hordas de inimigos

Os inimigos principais em RE4 não são mais os zumbis, e sim os chamados Ganados — seres humanos controlados por parasitas —, que acabam por exigir do jogador muito mais habilidade e tornam o jogo muito mais dinâmico. Apesar de, a princípio, eles serem parecidos com os zumbis das versões anteriores, ao enfrentá-los pela primeira vez o jogador já se dá conta de que eles são muito mais rápidos e espertos. Diferente dos mortos-vivos, eles correm, usam armas e até falam — em espanhol, o que curiosamente acaba por torná-los ainda mais aterrorizantes.

O simples fato da maioria dos seus inimigos ter alguma inteligência e agilidade já torna o jogo mais rápido e com enfoque maior no combate. Uma das principais mudanças que afeta também diretamente neste aspecto é a perspectiva da câmera, desta vez sobre o ombro de Leon, e não mais em perspectiva cinemática como nas antigas versões da franquia.

Diferente das versões anteriores — nas quais há apenas a possibilidade de mirar para frente, para cima ou para baixo — em RE4 o sistema de mira é livre, sendo auxiliado por uma mira laser, acoplada a todas as armas do jogo. Ficou muito mais fácil combater uma grande quantidade de inimigos agora, principalmente quando o jogador é cercado. Apesar disso, os produtores do game não economizaram ao colocar inimigos a sua frente. Em Resident Evil 4 você provavelmente gasta muito mais munição do que em todos os outros jogos da série juntos.

Para não ficar sem munição, porém, há a opção de combate corpo a corpo, usando chutes ou golpes com a faca. A faca agora não é selecionada no mesmo menu que as outras armas, e sim ativada ao segurar o botão L1, permitindo assim uma dinâmica muito maior durante o combate. Quando um Ganado se aproxima, pode-se optar também em golpeá-lo usando o botão de ação.

Outra novidade interessante são os controles de contexto — comandos ditados pelo jogo para situações específicas. Se, por exemplo, um gigante persegue Leon, o jogo dita determinado comando para fazê-lo correr e, ao cair uma coluna a sua frente, outro comando para fazê-lo desviar o obstáculo.

Ao longo do jogo, Leon encontra — nos locais mais inusitados — um estranho sujeito vendendo armas, munições, upgrades para armas, entre outros itens. Para comprá-los, o jogador deve coletar dinheiro e tesouros ao longo de seu percurso e vendê-los ao mercador. Apesar de não fazer parte do enredo, a presença desse personagem é fundamental em determinadas partes do game, porém duas perguntas ficam no ar: quem é e o que faz tal sujeito no meio de um lugar infestado de criaturas horripilantes?

Clima aterrorizante

Além de contar com uma história aterrorizante, RE4 foi completamente desenhado para acelerar o ritmo do mais duro dos corações. Com seus gráficos impecáveis, o jogo possui cenários e personagens que fazem da trama um verdadeiro filme de terror como há muito não é visto.

Apesar da maior capacidade do GameCube, a versão para PS2 não deve muito àquela no que se trata de gráficos. Os cenários, diferente das versões para Playstation, não são pré-renderizados, possibilitando um dinamismo muito maior da câmera. Além disso, como já mencionado, a câmera agora enquadra o protagonista de forma a possibilitar uma maior precisão na hora de atirar, o que, ajudado pela mira laser acoplada à grande parte das armas, proporciona uma sensação de controle nunca vista antes.

A trilha e os efeitos sonoros são bastante adequados, tornando o clima mais tenso ou mais ameno de acordo com a situação. O fato das vozes dos Ganados serem dubladas em espanhol faz com que a atmosfera do game seja ainda mais assustadora. Você, portanto, se sentirá apavorado ao ouvir um palavrão em espanhol ou, principalmente, o som de uma motosserra se aproximando, por exemplo.

Terror psicológico

Mesmo sendo o sexto jogo envolvendo a história principal da franquia, os produtores conseguiram desenvolver um enredo envolvente e aterrorizante. Apesar da ameça desta vez ficar por conta de um evento paralelo ao dos seus antecessores, a história é bastante coerente com a série.

A injeção de dinamismo dada ao game teve um resultado ótimo. A ação agora é um elemento muito mais presente no jogo, e não raro haverá situações das quais o jogador nunca imaginaria sair vivo, mas que possibilitarão tal feito. O contraste das emoções sentidas é grande; frequentemente a sensação de calma será subitamente interrompida por euforia e medo. Ponto positivo para o game, portanto, pois esse elemento, que sempre foi um ponto forte da série, está mais acentuado que nunca.

De fato, Resident Evil 4 é diferente dos outros jogos da franquia. No entanto, não há motivo para os fãs de longa data se alarmarem, pois todos os pontos fortes do jogo foram melhorados, e não simplesmente modificados. A jogabilidade é muito boa, os novos inimigos são tão assustadores quanto os antigos e o enredo é envolvente, assim como os de seus antecessores.


Resident Evil 4, conhecido no Japão como Biohazard 4 (バイオハザード4 Baiohazādo Fō) é um jogo de tiro em terceira pessoa e ação-aventura desenvolvido e lançado pela Capcom. Resident Evil 4 é o sexto jogo da série de survival horror Resident Evil. Foi lançado em 11 de Janeiro de 2005, nos Estados Unidos, originalmente como um jogo exclusivo para o console GameCube. Uma versão para PlayStation 2 foi lançada no dia 25 de Outubro de 2005, com adições de jogabilidade. Versões para PC e Wii também foram lançadas, em março e maio de 2007[1], respectivamente, com uma versão para celular também anunciada no mesmo ano
Resident Evil é baseado no jogo Sweet Home,[2] o qual é baseado no filme japonês, スイートホーム (Suiito houmu). Sweet Home foi lançado apenas no Japão em 1989 para o Famicom (Nintendo Entertainment System). Resident Evil herdou muitos dos elementos Sweet Home incluindo a mansão, os quebra-cabeças e até a tela de carregamento na forma de uma porta que se abre. Enquanto os jogos iniciais da série foram anunciados no mercado asiáticos e ocidentais sob o título “Biohazard”, a ramificação americana da Capcom mudou o título para Resident Evil alguns meses antes do lançamento. Apesar de nenhum motivo oficial para mudança ter sido divulgado, é dito que o motivo para a troca foi referente à uma quebra de patente (provavelmente pelo fato do nome Biohazard nos EUA pertencer a uma banda).

Alguns fãs acreditam que o nome ocidental também veio de Sweet Home, porque em um ponto desse jogo os personagens se referem ao local como “The house of residing evil.” (“A casa onde o mal reside”).

A maioria dos jogos da série são na perspectiva em 3ª pessoa, vendo os personagens por cima enquanto eles se movem por cenários pré-renderizados. Apesar de Resident Evil ter sido um dos primeiros jogos a usar este estilo de jogo nos consoles, a técnica foi primeiramente usada na série de jogos para PC Alone in the Dark que também é citado como o primeiro jogo do gênero survival-horror. Esses cenários estáticos agradaram muito os fãns, apesar de Code: Veronica, e mais recentemente Resident Evil 4 terem apresentados cenários em tempo real.

Alguns dos jogos permitem ao jogador escolher de um a dois personagens, os quais afetarão em que partes da história serão revelados segredos adicionais, pequenas missões, armas e finais destraváveis após completar o jogo com ambos personagens.

A série Resident Evil é controversa quanto ao uso de violência, mutilações e sangue, que são vistos por todo jogo, do começo ao fim. Cada jogo começa por uma mensagem avisando que “Este jogo contêm cenas de violência explícita e mutilações” ("This game contains scenes of explicit violence and gore”). Deve ser notado que a violência no jogo, diferente da série Grand Theft Auto, é praticamente exclusiva com os zumbis e mutantes não humanos, e apenas duas vezes o jogados teve que lutar e matar outro ser humano (os quais em geral eram vilões). De qualquer modo, os personagens controlados pelo jogador são humanos e suas mortes são bem detalhadas – especialmente no Resident Evil 4, onde o personagem principal pode ser decapitado, partido ao meio, etc. A tela de Game Over também acrescenta a isso as palavras “You Died” ou “You Are Dead” (“Você Morreu” ou “Você está morto”) em uma fonte de sangue.

Além disso, controvérsias apareceram das negociações da Capcom com a Nintendo para tornar o título Resident Evil exclusivo do GameCube[3], ao menos da história principal, após vários anos lançando o jogo para o PlayStation e os adaptando para outras plataformas.
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